Uma pesquisa denominada “American Worldview Inventory 2021” (“Inventário 2021 da Cosmovisão Americana”), promovida pela Universidade Cristã do Arizona e cujo resultado foi divulgado em maio, revelou a mudança radical de visão de mundo das últimas gerações nos Estados Unidos. Segundo o levantamento, a Geração dos Millenials (Geração Y) foi aquela que “foi mais longe em relação a cortar os laços com as visões cristãs tradicionais e o ensino bíblico normativo” do que todas as outras anteriores.
Para melhor entendimento das informações a seguir, seguem as classificações etárias das quatro últimas gerações:
Construtores – nascidos entre 1927 e 1945;
Baby Boomers – nascidos entre 1946 e 1964;
Geração X – nascidos entre 1965 e 1983;
Millennials (Geração Y) – nascidos entre 1984 e 2002;
Geração Z – nascidos entre 2002 e 2015.
De acordo com a pesquisa, enquanto metade dos “Baby Boomers” nos EUA acredita que, quando morrerem, irão para o Céu porque confessaram seus pecados e aceitaram Jesus como seu Salvador, apenas 26% da Geração X e somente 16% da Geração dos Millenials nos EUA acreditam nisso. Se 90% da Geração dos Construtores acreditam que você deve tratar os outros como você gostaria que eles o tratassem, menos da metade da Geração Y concorda com isso.
Enquanto apenas 28% dos “Baby Boomers” afirmam que não sabem, não ligam ou não acreditam que Deus existe, 43% dos Millennials afirmam isso. Enquanto 64% dos “Boomers” acreditam que o Diabo existe e é influente, apenas 44% dos Millennials acreditam nisso.
O estudo também revela que, em geral, os norte-americanos Millennials são muito mais propensos do que as duas gerações anteriores a (1) abraçar os horóscopos como um guia e o Karma como um princípio de vida; (2) a considerar “vingar-se” como algo defensável; (3) a aceitar o Evolucionismo em vez do Criacionismo; e (4) a encarar a posse de propriedade como fator de injustiça econômica, ou seja, são mais abertos ao socialismo. Os Millennials também são muito mais propensos a desconfiar da Bíblia e a não acreditar que Deus se envolve com a vida das pessoas.
Outro detalhe é que apenas 57% da Geração Y nos EUA se diz cristã (protestantes ou católicos), porcentagem menor que as dos norte-americanos como um todo hoje (atualmente, 60% da população é de cristãos). Das pessoas da Geração dos Construtores que ainda estão vivas hoje (pessoas entre 94 e 76 anos), 83% se dizem cristãs.
Os pesquisadores alertam no estudo que as crenças e comportamentos dos norte-americanos mais jovens, especialmente da Geração Y (os Millennials), “ameaçam remodelar os parâmetros religiosos da nação de forma irreconhecível. Na verdade, essa revolução espiritual radical criou uma geração que busca um mundo reimaginado sem Deus, a Bíblia ou igrejas”.
Comentando sobre o estudo, George Barna, diretor de pesquisa do Cultural Research Center (CRC) da Universidade Cristã do Arizona, responsável pela pesquisa, declara que a Geração X e a Geração dos Millenials “solidificaram mudanças dramáticas nas crenças e estilos de vida centrais da nação” e que “o resultado disso é uma cultura em que instituições centrais, incluindo igrejas, e formas básicas de vida estão continuamente sendo radicalmente redefinidas”.
O American World Inventory 2021 corrobora um estudo anterior do Instituto Barna que descobriu que, em 2021, dois terços dos adolescentes e jovens adultos (65%) concordam que “muitas religiões podem levar à vida eterna” em comparação com 58% dos adolescentes e jovens adultos pesquisados em 2018. Além disso, 31% dos adolescentes e jovens adultos “concordam fortemente” que o que é “moralmente certo e errado muda ao longo do tempo com base na sociedade”, em comparação com apenas 25% em 2018 que pensavam assim.
Dados de pesquisas recentes divulgados pelo Instituo Gallup descobriram que um em cada seis adultos da Geração Z (nascidos entre 2002 e 2015) se identifica como LGBT, sendo esta a maior porcentagem de qualquer geração na história, e alguns acreditam que esse número tenderá a aumentar, haja vista a crescente promoção do comportamento homossexual pela mídia e da ideologia de gênero pela mídia e escolas.
Jacob Bland, o novo presidente e CEO da Youth for Christ, disse ao jornal “The Christian Post” que, apesar dos desafios que os jovens enfrentam hoje, ele olha para o futuro com otimismo. “Os adolescentes de hoje estão enfrentando crises como nunca antes, mas muitas vezes é na escuridão que a luz brilha mais forte”, disse ele. “Há muita esperança em entrar em um relacionamento para fazer discípulos, onde você está apresentando a um jovem um amor incondicional que talvez ele nunca tenha sequer considerado, mostrando a ele a bondade e o amor modelados em Jesus. Jesus tem uma maneira de ser novo e fresco para as circunstâncias de hoje, e Ele certamente está fazendo isso”, afirma Bland.
Fonte: The Christian Post – Foto: Pixabay.com