O “Plano de Ação LGBTQ + para o País de Gales”, que propõe a proibição da “terapia de conversão”, irá limitar a liberdade religiosa dos pastores no país, e o próprio governo reconhece.
De acordo com a página 8 do plano de impacto da proposta, o governo admite abertamente que “o projeto de plano para proibir as práticas de terapia de conversão pode restringir as liberdades religiosas e colocar os líderes religiosos em risco de processo”, diz o documento.
O termo “terapia de conversão” foi inicialmente utilizado em ambientes de aconselhamento profissional, como psicólogos. Posteriormente o termo começou a ser ultizado também por líderes religiosos que fazem acoselhamento de fiés em ambiente religioso privado. Com base no novo Plano de Ação, se os pastores que fazem tal aconselhamento, afirmar uma visão bíblica tradicional sobre a sexualidade, poderão ser processados.
O Dr. Carys Moseley, do grupo de advocacia legal britânico, Christian Concern (CC), disse que considera “uma afirmação `estranha´ do governo galês, uma vez que, como parte do Reino Unido, o País de Gales não tem o poder de tornar o direito penal nem concretizar o humano fundamental direitos, incluindo liberdade religiosa”, disse.
Com isso, o Dr. Moseley diz suspeitar que “o governo galês deseja que as pessoas possam denunciar líderes religiosos à polícia por ‘incidentes de ódio'”, afirmou.
A vice-ministra galesa para a parceria social, Hannah Blythyn, afirmou que impulsionar este plano de ação, é realmente uma prioridade política do governo. Segundo a ministra, o objetivo é lançar o plano e fazer do País de Gales “a nação mais amigável de LGBTQ + na Europa “, declarou Blythyn à BBC.
Em contrapartida, os cristãos e defensores da liberdade religiosa temem que o plano de ação torne o País de Gales um lugar perigoso para ser um pastor com uma visão bíblica da sexualidade.
“[No plano proposto,] o governo galês quer promover o ‘diálogo’ entre as comunidades, presumivelmente entre a ‘comunidade LGBTQ +’ e os ‘grupos religiosos’. Agora, a partir de 31 de agosto, ele admite que os líderes religiosos que se recusam a se curvar a essa agenda podem correr o risco de serem processados. Em outras palavras, se você não concordar em participar do (talvez forçado) ‘diálogo’ exatamente da maneira que o governo galês deseja, você será denunciado à polícia… Os pastores galeses precisam acordar e perceber que eles poderiam estar risco de processo simplesmente por fazer seu trabalho fielmente”. alerta Dr. Moseley ao ICC
CPAD News/ Com informações International Christian Concern (ICC) – Foto: Ilustrativa/ Pixabay.com