Em 5 de abril, o pastor Sanjay Bhandari foi atacado por homens extremistas hindus enquanto estava tomando chá no vilarejo de Halaga, próximo à cidade de Belgaum. No dia ele acompanhou sua esposa ao médico e juntos resolveram visitar sua irmã que vive na mesma área.
Os homens invadiram a casa o acusaram de fazer conversões, o arrastaram para fora onde havia cerca de 60 a 50 extremistas hindus o esperando, as tentativas de explicar que ele estava na casa de parentes foi em vão.
A multidão o levou até o salão de adoração alugado onde ele fez os cultos durante cinco anos, e ao longo do caminho ele foi agredido com socos e chutes.
Eles também o obrigaram a gritar Jai Sri Ram, que significa ‘Salve, senhor Ram’, enquanto o atacavam. Os homens o acusaram de converter a comunidade ao cristianismo e tentar converter a família que estavam visitando, mas o pastor informou que eles já eram cristãos.
Outras pessoas também se feriram durante o ataque
“Eles me bateram nas partes íntimas, no rosto, no peito e em todo o corpo, acusando-me de tentar converter minha cunhada. Tentei dizer-lhes que a casa pertence à minha cunhada e que já são cristãos e membros da minha igreja”, disse Bhandari.https://c3478adb2fcef6db6eab3591de331c8b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A turba também o acusou de converter a Santosh Satpute, um ex-hindu. Durante o ataque Satpute foi perante a multidão e tentou explicar-lhes que havia colocado sua fé em Jesus por vontade própria e que ninguém havia o obrigado a mudar de religião, mas nada adiantou, ele foi agredido também.
A esposa de Sanjay e seu irmão Bhimshen Bhandari, de 42 anos, também ficaram feridos no ataque ao tentar proteger o pastor das agressões. O pastor contou ao Morning Star News que a surra que levou danificou um de seus tímpanos e ele ficou surdo de um ouvido.
O dono do prédio da igreja não deixou a turba entrar no local, mas eles continuaram a torturar o pastor fisicamente e mentalmente obrigando-o a realizar rituais hindus, depois eles o ameaçaram de morte e o dispensaram, contou Satpute.
Uma escrita de 3500 anos, datada na época da Canaã bíblica, foi encontrada em Israel. O escrito é o mais antigo já descoberto e possibilitará uma compreensão maior sobre o desenvolvimento dos primeiros alfabetos, de acordo com um estudo publicado na revista Antiquity nesta quinta-feira (15).
A escrita, uma combinação de seis letras em duas linhas, estava em um fragmento de cerâmica, encontrado na região Shephelah, no centro-sul de Israel.
O artefato foi descoberto em 2018, durante as escavações do Instituto Arqueológico Austríaco em Tel Lachish.
A cidade de Tel Lachish, também chamada de Laquis, é um dos sítios arqueológicos mais importantes de Israel. A cidade é mencionada diversas vezes na Bíblia. Por exemplo, no livro de Josué há um relato de que Lachish foi destruída pelos israelenses, na conquista de Canaã.
Mais tarde, se tornou uma importante cidade israelita no Reino de Judá, até ser destruída pelos assírios no século 7 a.C.
Segundo o codiretor da escavação em Tel Lachish, Dr. Felix Höflmayer, a descoberta do escrito vai auxiliar a desvendar a lacuna entre as primeiras evidências de escrita alfabética, encontradas na região do Monte Sinai, e as evidências mais recentes de alfabetos semíticos.
“Sabemos que o alfabeto primitivo foi inventado no Sinai aproximadamente no século 19 a.C. Ele ressurgiu no sul do Levante (dias modernos de Israel, Palestina e Jordânia) muito mais tarde, apenas por volta dos séculos 12 e 13, mas não tínhamos pistas sobre o que aconteceu entre esses dois períodos”, explicou o Dr. Felix.
Fonte: Guiame / Com informações Jewish News Syndicate / Foto: Instituto Arqueológico Austríaco (16.04.21)
POPULAÇÃO: 25,8 milhões CRISTÃOS: 400 mil RELIGIÃO: Ideologia juche, ateísmo, crenças tradicionais, budismo e confucionismo GOVERNO: Estado comunista LÍDER: Kim Jong-un POSIÇÃO: 1º na Lista Mundial da Perseguição
A Coreia do Norte é o primeiro país na Lista Mundial da Perseguição, ou seja, o pior lugar do mundo para quem decide seguir a Cristo. O estado socialista “autossuficiente” é classificado como uma ditadura stalinista totalitária, particularmente por conta das exigências de “culto de personalidade” em torno da família Kim.
O país sobrevive através de empresas estatais e fazendas coletivizadas. A maioria dos serviços como saúde, educação, habitação e produção de alimentos é subsidiada ou financiada pelo Estado. As graves violações de direitos humanos são comuns para os norte-coreanos e tão severas que não há paralelos no mundo atual.
Quando o assunto é religião, o cristianismo não pode nem ser citado. Dentro do esquema de paranoia ditatorial, somente os líderes devem ser reverenciados. Não há espaço para aqueles que desejam conhecer o Evangelho e Jesus Cristo. O cristianismo é visto como o “ópio do povo” e também como uma ideologia ocidental.
Opressão comunista e paranoia ditatorial
A pressão aos cristãos acontece num nível muito elevado, em todas as esferas da vida. Quem decide ser cristão deve manter a fé em sigilo para se proteger. A nação tem pelo menos seis tipos distintos de campos e detenções.
Quando um cristão é descoberto, automaticamente, é levado para as piores prisões , onde é torturado e condenado a realizar trabalhos forçados , muitas vezes até a morte.
Não é fácil confirmar o número de cristãos que vivem em condições desumanas. Alguns especialistas arriscam dizer que está em torno de 50 mil, mas segundo a Portas Abertas o número pode ser muito maior, entre 200 e 400 mil.
Formas de punição
Prisioneiros cristãos não são autorizados a tomar banho, vestem-se com trapos, dormem em celas frias ou em barracões, recebem pouquíssimo alimento diariamente e devem trabalhar por muitas horas sem descanso, correndo risco constante de morte.
Qualquer membro da família receberá a mesma punição. Fontes relatam que Kim Jong-un, líder do país, expandiu o sistema de segurança dos campos de prisão. O ambiente é altamente restritivo, mas mesmo assim, a igreja permanece crescendo por lá.
“Peço às pessoas de todo o mundo que estão orando pela Coreia do Norte, que orem para que o país conheça o evangelho. Os cidadãos norte-coreanos são como escravos, mas com a luz do Senhor eles serão libertados”, disse um cristão secreto norte-coreano.
Cristãos enfrentam a pandemia por Covid-19
Embora as autoridades norte-coreanas afirmem que a Covid-19 teve pouco impacto no país, os norte-coreanos a chamam de “doença fantasma” porque as pessoas já estão tão desnutridas que morrem muito rapidamente assim que infectadas.
A pandemia levou a uma segurança mais rígida na fronteira com a China e ao controle do mercado negro, que muitos usam para sobreviver. Isso indica que a situação dos cristãos está ainda pior.
Tipos de violência entre homens e mulheres
Qualquer cristão em qualquer lugar da Coreia do Norte é extremamente vulnerável à perseguição. O controle das autoridades no país vai além das fronteiras. Agentes secretos na China têm a tarefa de encontrar e sequestrar cristãos norte-coreanos que fugiram do país.
Estima-se que até 30% dos cristãos presos em campos de trabalho forçado, por causa de sua fé, são mulheres. Violência sexual e estupro são comuns no interrogatório e na vida na prisão e, mesmo fora da prisão, o abuso sexual é normalizado.
Aproximadamente 80% dos norte-coreanos que desertaram para a China são mulheres – incluindo muitos cristãos. Ali, elas são particularmente vulneráveis ao tráfico humano ou forçadas a se casar com homens chineses.
Todos os norte-coreanos estão sob controle extremo do governo, mas principalmente os homens adultos. Seus empregos devem ser alocados pelo governo e não podem ser alterados. A qualquer pessoa que tenha qualquer ligação cristã na árvore genealógica será negada promoção, como empregos de prestígio ou serviço militar preferencial.
Fonte: Guiame/ Com informações de Portas Abertas – Foto: Ng Han Guan/AP. 16/04/2021
A exibição de programas ligados a igrejas evangélicas deverá ocupar no máximo 25% da grade da Band Rio. Foi isso que determinou a Justiça Federal do Rio de Janeiro, após verificar que a emissora tinha mais de seis horas diárias direcionadas para programação religiosa.
Segundo o Ministério Público Federal, a empresa comercializa diariamente 5 horas e 45 minutos na escala de programação a 9 entidades religiosas diferentes.
Esse tempo, somado aos comerciais de produtos e serviços, chega a 6h34, sendo que o limite imposto por lei é de 25% da programação — ou seja, 6h diárias.
De acordo com a sentença da juíza federal Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Cível, “a ultrapassagem do limite de publicidade comercial configura desvio de finalidade das concessões e permissões de radiodifusão e o enriquecimento ilícito dos que comercializam os horários acima dos limites legais”.
Elizabeth também diz que “ainda que os programas religiosos comercializados pela emissora de TV ré não se refiram a publicidade de marca, produto, ou ideia, há verdadeira comercialização de grade mediante contratos de caráter sinalagmático e de inegável intuito lucrativo, já que recebe a mesma contraprestação financeira pela cessão do tempo de sua programação”.
A sentença da 26ª Vara Cível também obriga a União a fiscalizar adequadamente o cumprimento do limite legal por parte da emissora.
Fonte: Guiame / Com informações Poder 360 / Foto: Reprodução / IPGracas (16.04.21)
A proposta é de autoria do Deputado Pastor Gil (PL) e está em análise na Câmara dos Deputados
O Projeto de Lei 162/21 prevê o aumento na pena de crimes cometidos em locais de cultos e cerimônias religiosas. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados e inclui essa previsão no Código Penal, no rol das circunstâncias que sempre tornam o crime cometido mais grave.
A PL é de autoria do Deputado Pastor Gil (PL-MA), que pretende punir de forma mais severa os episódios de violência e preconceito religioso no país. “Temos enfrentado tempos violentos e, por isso, precisamos tomar medidas preventivas para que não se agrave o cenário que temos vivenciado diariamente em todo o País”, afirma.
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes da PL ser votada pelo plenário da Câmara.
Fonte: Guiame / Com informações e foto: Agência Câmara (12.04.21)
Vatsana Mahaphone*, de 71 anos, nasceu em Laos, país conhecido mundialmente pelos mosteiros budistas. Ela, como a maioria da população, era uma budista praticante.
Mas, em 2004, num momento difícil de perda, Vatsana não encontrou no budismo consolo e esperança para lidar com a morte de sua filha, vítima de câncer.
Nesta época, ela estava na América, porque tinha ido para lá para cuidar da filha doente. E foi neste momento que Vatsana conheceu o Deus da Bíblia.
“Quando ela faleceu, um parente me visitou e me levou à igreja. Ao ouvir a pregação, senti que tudo ao meu redor tocava meu coração e não conseguia parar de chorar. Foi o Espírito Santo. Daquele momento em diante, eu soube que existia um Deus – que ele era real”, relatou Vatsana.
Ela voltou para Laos e começou a frequentar a igreja local. Vatsana recebeu Jesus em sua vida e foi batizada. Logo depois, começou a trabalhar na Sociedade Bíblica do país em Vientiane.
“Apenas seis meses depois de me tornar cristã, comecei a trabalhar para a Sociedade Bíblica como funcionária administrativa e secretária do comitê de tradução da Bíblia Laos Revisada. Comecei então a traduzir as escrituras para crianças do inglês para o laosiano”, explicou.
Enquanto Vatsana traduzia a história da crucificação de Jesus, foi fortemente tocada pelo Espírito Santo.
“À noite, eu lia a Bíblia e durante o dia traduzia as Escrituras para crianças. Achei muito difícil porque eu era uma nova crente e não sabia muito sobre a Bíblia”, conta.
Apesar de não ter conhecimento teológico na época por ser recém-convertida, a tradutora se saiu muito bem em seu trabalho e nutriu uma paixão pelas Escrituras. Hoje, ela é uma das duas pessoas responsáveis pela primeira Bíblia de estudo do Laos, feita numa linguagem mais atual.
“Eu gosto do meu trabalho! Quando traduzo, fico tão envolvida no meu trabalho que, se preparo uma bebida quente, ela esfria antes de me lembrar de tomar um gole! Agradeço a Deus por me usar desta forma. Quando terminar, esta Bíblia ajudará os cristãos no Laos a entender as escrituras cada vez mais”, afirmou Vatsana.
A tradutora também está fazendo um mestrado em teologia e é pastora associada em sua igreja, trabalhando principalmente no ministério da mulher.
*Nome alterado para proteger sua identidade.
Fonte: Guiame/ Com informações do Eternity News – Foto: Sociedades Bíblicas Unidas. 12/04/2021
Após a ação para abertura de templos, realizada pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kássio Nunes Marques liberando cultos religiosos presenciais gerou insatisfação entre os demais ministros da Corte.
Os ministros querem que o presidente, Luiz Fux, leve o tema ao plenário assim que possível. Há preocupação com o risco de aglomerações em igrejas no pior momento da pandemia do coronavírus.
A nova ação da Anajure contra decretos locais que vetaram os cultos também foi protocolada na forma de uma ADPF. Apesar do voto contra a instituição em fevereiro, Nunes Marques considerou que há “premissas fáticas distintas” e que “o provimento buscado pela Associação guarda relação fundamental com seus objetivos essenciais, consistentes na proteção da liberdade religiosa”
Em 31 de março, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de decretos municipais e estaduais em todo o país que proíbem a realização de cultos, missas e outras atividades religiosas de caráter coletivo.
Para o PGR, além de a Constituição assegurar a liberdade religiosa, a assistência espiritual é essencial para muitas pessoas enfrentarem a pandemia. Portanto, igrejas e templos devem poder abrir, desde que respeitados os protocolos sanitários para evitar a disseminação da Covid-19.
Embate
A decisão, segundo ministros, proibindo que estados e municípios suspendam completamente celebrações religiosas, vai contra o entendimento do plenário do STF de que os entes da federação têm autonomia para decidir sobre as restrições na pandemia.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). (Foto: Reprodução / STF)
O ministro Gilmar Mendes é relator de uma ação semelhante, também pedindo a liberação de cultos, proposta pelo PSD. Uma das estratégias aventadas nos bastidores é que Gilmar dê uma decisão rejeitando o pedido, forçando que o tema seja tratado pelo plenário.
A interlocutores, Luiz Fux disse que cabe ao relator, Nunes Marques, liberar a ação para ser pautada em plenário, o que só deve ocorrer após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ser ouvida no processo.
Através de sua assessoria, o ministro Luiz Fux disse que não iria se pronunciar sobre a ação.
Neste domingo (04), a Frente Nacional de Prefeitos também questionou a liminar de Nunes Marques e pediu um posicionamento do presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, alegando “contradição” da Corte.
A pandemia e o confinamento da população ampliou alguns problemas sociais que já eram considerados graves, entre eles a violência doméstica contra as mulheres. Em uma live com jornalistas do Guiame, na quarta-feira (30), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, falou sobre a Operação Resguardo que já prendeu mais de 10 mil pessoas no Brasil, por cometerem esse tipo de crime.
Damares também comentou sobre sua preocupação com outros temas delicados, como o incesto, que não é considerado crime pela legislação brasileira, e a falta de um trabalho de conscientização para os agressores. “Muitos nem sabem que aquilo o que estão fazendo é uma violência”, disse.
Operação Resguardo
A Operação Resguardo mobilizou cerca de 18 mil policiais civis para a megaoperação coordenada pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A iniciativa aconteceu em mais de 1.800 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal e teve início no dia 1º de janeiro deste ano.
Até o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, os números foram animadores. Mais de 188 mil vítimas foram visitadas e atendidas e mais de 10 mil agressores foram presos. “E foram mais de 40 mil medidas protetivas para mulheres. Eu acredito que no mundo não teve uma operação tão grandiosa como essa”, comemorou.
A ministra, porém, lamenta o silêncio da imprensa brasileira. “A imprensa não divulgou como deveria. Falam amplamente de operações onde apenas 3 pessoas são presas com ‘dinheiro na cueca’ ou ‘dinheiro na meia’ e eles ficam o dia inteiro transmitindo isso ao vivo. Mas nós estivemos em 1.800 municípios, simultaneamente, com policiais nas ruas prendendo os agressores e não houve essa cobertura”, citou.
Aumento da violência contra a mulher durante a pandemia e as providências
O aumento da violência contra a mulher foi considerável, segundo a ministra, por conta do isolamento social. Esse fenômeno é mundial. “Aconteceu em todos os países que passaram pelo isolamento — agressor e vítima se viram trancados dentro de casa e a violência cresceu ainda mais”, explicou.
Se a atitude de denunciar o agressor já era difícil com a mulher saindo de casa, seja para trabalhar ou estudar, com o isolamento social se tornou ainda pior. “Vendo essa situação em outros países, nos antecipamos criando aplicativos para que as mulheres pudessem digitar sua denúncia e trouxemos o 180 para o WhatsApp”, compartilhou.
Os aplicativos permitem enviar fotos e vídeos que podem ajudar na antecipação de provas ou para medidas protetivas. Outras iniciativas em defesa à mulher no Brasil foram as campanhas criadas, entre elas “Vizinho Vigilante”, com o slogan “Vizinha eu te escuto, eu te protejo, eu denuncio!”, com o objetivo de mobilizar a sociedade contra as situações de violência.
“As denúncias podem ser feitas por qualquer pessoa, não somente pela vítima”, destacou. Além disso, há também as delegacias virtuais. “Muitas mulheres se constrangem por entrar numa delegacia. Agora, com a possibilidade do boletim de ocorrência virtual, o número de denúncias aumentou”, disse.
“É dever do Estado proteger as vítimas de violência”
Segundo Damares, o problema é que muitas mulheres não denunciam seus agressores. “Setenta por cento das mulheres que morreram, vítimas de feminicídio, nunca haviam denunciado antes”, revelou.
A denúncia e a medida protetiva no Brasil funcionam, mas não são exigidas e nem solicitadas às autoridades. “É dever do Estado proteger as vítimas de violência. Existe em nosso país uma rede de proteção à mulher que conta com as delegacias, o 190 da polícia militar, as patrulhas Maria da Penha, a promotoria, a defensoria pública, as varas especializadas e o 180 [serviço de utilidade pública”, especificou.
Mas, segundo a ministra, que também é pastora e advogada, muitas vítimas não denunciam porque o agressor é também seu provedor. Por conta disso, o governo também adicionou outras ações como o empreendedorismo e a qualificação dessas mulheres para o mercado de trabalho, para que se tornem independentes financeiramente.
Como as igrejas podem ajudar a defender as mulheres
Damares alerta para a necessidade de que as igrejas se envolvam ainda mais nesse processo de defesa à mulher no Brasil. “Antigamente, os pastores encaminhavam o casal a uma reconciliação ou então oravam pela situação. Mas, é preciso orar e encaminhar a vítima até uma delegacia também”, ressaltou.
“Como Jesus reagiria diante de uma violência contra a mulher? Eu não vejo Cristo pacífico diante da violência. Ele interrompeu um apedrejamento em defesa de uma delas, em seu tempo [Jo 8.7]. Eu vejo Jesus da mesma forma, vejo Ele falando aos agressores de mulheres que querem ocupar o nosso templo”, sublinhou.
A ministra lembrou que os pastores podem colocar no quadro de avisos da igreja ou no boletim de domingo, o alerta sobre o número 180 como forma de apoiar esse movimento. Além disso, acrescentou sobre a urgência de se realizar um trabalho de conscientização voltado para os agressores, inclusive entre os jovens que podem estar vivendo relacionamentos tóxicos.
A ministra finaliza pedindo a todos que reflitam sobre o que é, e o que não é normal. “O ciclo da violência não é normal. Ser um homem cristão é proteger a mulher com a sua própria vida, conforme a Bíblia. E esse respeito e proteção também se estende às demais religiões. Não se admite mais sofrimento de mulheres no Brasil por violência”, enfatizou.
“O Cristo que você ama não morreu na cruz para você ser infeliz, pelo contrário. E aquelas que não estão sofrendo violência, venham comigo nessa grande corrente de proteção às mulheres. Uma ajudando a outra e nenhuma ficando para trás. Essa é uma luta de todas nós. Esse é um novo tempo, vamos ser felizes”, concluiu.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques ordenou hoje (3) que os estados, o Distrito Federal e os municípios permitam a realização de celebrações religiosas presenciais, ainda que com, no máximo, 25% da capacidade. A porcentagem foi inspirada em julgamento de caso similar pela Suprema Corte dos Estados Unidos.
A decisão ocorre na véspera do domingo de Páscoa, uma das principais datas do calendário cristão, quando se celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A ocasião foi mencionada por Nunes Marques. Ele destacou que mais de 80% dos brasileiros se declaram cristãos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ministro atendeu a um pedido de liminar (decisão provisória) feito pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). Para a entidade, o direito fundamental à liberdade religiosa estava sendo violado por diversos decretos estaduais e municipais que proibiram os cultos de forma genérica. A Anajure argumentou que tais normas tratavam a religião como atividade não essencial, o que seria inconstitucional.
Todos os atos questionados foram editados com a justificativa de evitar aglomerações que favoreçam a contaminação pela covid-19.
Nunes Marques baseou sua decisão também em parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras, que defendeu a assistência espiritual como sendo algo essencial na pandemia. Em manifestação sobre o tema, a Advocacia-Geral da União (AGU) também defendeu a permissão para a realização de cultos presenciais.
Decisão
Nunes Marques deu razão à Anajure. “A proibição categórica de cultos não ocorre sequer em estados de defesa (CF, art. 136, § 1º, I) ou estado de sítio (CF, art. 139). Como poderia ocorrer por atos administrativos locais?”, indagou o ministro.
“Reconheço que o momento é de cautela, ante o contexto pandêmico que vivenciamos. Ainda assim, e justamente por vivermos em momentos tão difíceis, mais se faz necessário reconhecer a essencialidade da atividade religiosa, responsável, entre outras funções, por conferir acolhimento e conforto espiritual”, acrescentou ele.
Outras medidas impostas por Nunes Marques foram: distanciamento social, com espaçamento entre assentos; uso obrigatório de máscaras; disponibilização de álcool em gel na entrada dos templos; e aferição de temperatura.
A liminar de Nunes Marques é válida ao menos até que o plenário do STF discuta a questão. O ministro Gilmar Mendes é relator de três ações de descumprimento de preceito fundamental sobre o assunto. As outras foram abertas pelo Conselho Nacional de Pastores do Brasil e pelo PSD.
*Matéria alterada às 11h20 do dia 5 de abril de 2021 para corrigir informação no último parágrafo. O relator de três ações de descumprimento de preceito fundamental é o ministro Gilmar Mendes e não Nunes Marques.
Mesmo com a pandemia do coronavírus, as traduções da Bíblia avançaram em 2020. As Sociedades Bíblicas espalhadas pelo mundo, concluíram as traduções das Escrituras para 66 idiomas, alcançando 707 milhões de pessoas.
O número inclui as primeiras traduções da Bíblia para 46 línguas. Além disso, seis grupos no mundo receberam a Bíblia completa em sua língua pela primeira vez; cinco na África e na comunidade de surdos nos EUA, que receberam a Bíblia na língua de sinais americana.
Os primeiros Novos Testamentos também foram concluídos em outras 11 línguas, faladas por 4 milhões de pessoas, como o Novo Testamento nos dialetos Epie e Ogbia, na Nigéria, pela Sociedade Bíblica do país.
Élder Iwo Samson Famous, um falante do Epie, comemorou a chegada das Escrituras: “Ao receber este [Novo Testamento] hoje, sou a pessoa mais feliz. Por muito tempo, temos lutado com a Bíblia em inglês. Agora podemos ler e entender”, celebrou sorrindo.
Já John Okolubo, falante do Ogbia, comentou como se sentia quando não tinha o Novo Testamento em seu idioma: “Era como se não tivéssemos a presença de Deus, mas com a Bíblia chegamos à terra prometida”. Segundo John “o Novo Testamento em nossa língua materna ajudará na alfabetização e encorajará nossos jovens e outros a entender a Palavra de Deus”.
Em Vanuatu, um país na Oceania formado por 80 ilhas no Oceano Pacífico, a tradução do Novo Testamento enfim foi concluída, depois de enfrentar diversas reveses durante quatro décadas. A tradução foi interrompida várias vezes por ciclones, que destruíram casas, meios de subsistência e até mesmo o trabalho dos tradutores.
Quando o ciclone Pam atingiu o país em 2015, eles precisaram morar em barracas por meses. Mas o trabalho estava seguro, guardado em um recipiente de plástico, antes da tempestade tropical chegar.
Em 26 de outubro de 2020, o Novo Testamento na língua hano finalmente chegou ao país. As escrituras foram recebidas com muita alegria pelo povo da vila de Angoro, no norte da Ilha de Pentecostes, com canções e danças tradicionais
Fonte: Guiame/ Com informações do Eternity News – Foto: Benjamin Mordi, Sociedade Bíblica da Nigéria.