Suprema Corte dos EUA autoriza que preso no corredor da morte tenha pastor impondo as mãos sobre ele durante a execução

Na manhã desta quinta-feira (24), a Suprema Corte dos Estados Unidos divulgou um parecer com a decisão de 8 a 1 para que um preso no corredor da morte no Texas, tenha a permissão de receber a oração em voz alta e a imposição de mãos de um pastor, no momento em que for executado. A permissão, reverte uma decisão de um tribunal inferior.

John Henry Ramirez foi condenado a morte, e seria executado por injeção letal, no dia 8 de setembro de 2021, pelo assassinato de um homem em 2004.

Em junho passado, Ramirez solicitou que seu pastor pudesse impor as mãos e orar audivelmente sobre ele, mas seu pedido foi negado pelas autoridades, o que o fez abrir uma queixa contra o Texas.

A decisão anterior foi então revertida pelo tribunal superior, que reenviou o caso para outros procedimentos legais, com a determinação de que a solução respeite as crenças religiosas do preso.

O chefe de justiça John Roberts deu a opinião do tribunal, e rejeitou a alegação do governo de que o clero dentro da câmara de execução não deveria estar a menos de um metro de um prisioneiro, em nome da prevenção de interferência na execução.

“Não vemos como deixar o conselheiro espiritual ficar um pouco mais perto, estender o braço e tocar uma parte do corpo do prisioneiro bem longe do local de qualquer linha intravenosa aumentaria significativamente o risco. E isso é tudo o que Ramirez pede aqui”, disse.

“Achamos que prevenir interferências acidentais nas linhas intravenosas da prisão é um interesse governamental imperioso. Mas também achamos que é razoavelmente abordado por meio de proibir todo o toque na câmara de execução”, continuou Roberts.

O único voto contra a permissão, foi do juiz Clarence Thomas, que questionou a sinceridade das crenças de Ramirez e afirmou ver o litígio como uma tentativa de adiar sua execução. “Ramirez fabricou mais de uma década de atraso para evitar a pena capital legalmente imposta pelo estado do Texas”, declarou Thomas.

Em 2004, Ramirez assassinou o funcionário de uma loja de conveniência de 46 anos, Pablo Castro, em Corpus Christi, esfaqueando-o quase 30 vezes. Mais tarde, ele foi pego no México e condenado à morte.

Em queixa que Ramirez apresentou sobre a rejeição do tribunal de Texas, ele argumentou seus direitos sob a Lei de Uso Religioso da Terra e Pessoas Institucionais (RLUIPA) e a Primeira Emenda foram violados. Com isso, a sentença de morte foi adiada pela Suprema Corte, que concordou em ouvir argumentos sobre seu pedido de liminar.

De acordo com o Christian Post diversos grupos religiosos, incluindo a Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul e a Associação Nacional de Evangélicos, apresentaram uma petição em apoio a Ramirez.

“Ao executar a execução de John Henry Ramirez, o estado do Texas … sobrecarregará substancialmente seu direito de exercício religioso se impor uma proibição geral de seu pastor se envolver em oração audível ou tocá-lo para dar conforto espiritual em seu momento de morte”, afirmaram em parte do documento.

O texto ressaltou também que “casos anteriores neste Tribunal já indicaram a importância do direito a um conforto espiritual tão significativo na câmara de execução para um prisioneiro condenado de qualquer fé desse direito”.

O vice-presidente e conselheiro sênior da Becket, Eric Rassbach, afirmou em comunicado que, “[mesmo] os condenados têm o direito de se acertar com Deus”.

“A Suprema Corte reconheceu corretamente que permitir que o clero ministrasse aos condenados em seus últimos momentos está diretamente dentro de uma história que remonta a George Washington e antes. Essa tradição importa”, declarou Rassbach, em nome do grupo jurídico de liberdade religiosa,

CPAD News/ Com informações Christian Post – Foto: reprodução/YouTube/BBC Três

Vem aí a 45ª Assembleia Geral Ordinária da CGADB

45ª Assembleia Geral Ordinária da Convenção Geral dos Ministros das Igrejas Evangélicas das Assembleias de Deus do Brasil, será realizada nos dias 18 a 21 de abril de 2022, em Cuiabá (MT). A programação desta edição incluir além das reuniões para os pastores, ministros e missionários, reuniões para as esposas de obreiros e também reuniões para a juventude assembleiana.

Os eventos para os ministros acontecerão no Grande Templo e das esposas no Novo Templo Sede. De acordo com organização da AGO, cerca de 5.400 ministros e aproximadamente 2 mil irmãs se inscreveram.

Inicialmente, a 45ª AGO aconteceria em abril de 2021, e o período de inscrição foi de 01/06/2020 até 18/12/2020, mas em virtude da pandemia da COVID 19, o evento precisou ser adiado para abril de 2022. Atendendo a novos apelos, a Mesa Diretora decidiu reabrir as inscrições e possibilitar que outros ministros participassem. Esse segundo período, ocorreu entre 06/12/2021 e 04/03/2022, somando então, um total de 10 meses de inscrição.

Vale ressaltar que, quem se inscreveu em 2020 está com inscrição válida para o evento. É possível confirmar o nome na lista de inscritos, clicando aqui! Qualquer dúvida sobre as inscrições e a AGO, podem ser sanadas pelo SAC da CGADB, no email: atendimento@cgadb.org.br .

Aatual AGO acontece em formato excepcional. A 1ª sessão foi antecipada e realizada online, no dia 20/04/2021, com a posse da Mesa Diretora e do Conselho Fiscal da CGADB. No próximo dia 18 de abril, será iniciada a 2ª sessão, que encerra em 21 de abril de 2022.

Com exceção das plenárias, todos os cultos serão transmitidos ao vivo pela TV CPAD. Durante todos os dias de evento, o CPAD News fará a cobertura jornalística no portal e também flashs ao vivo no canal oficial da CPAD no Youtube.

Redação CPAD News 

Cristãos presos por fazer culto doméstico são libertos no Irã

Nove cristãos foram libertos da prisão, por um tribunal de apelação no Irã. O grupo havisa sido acusado de agir contra a segurança nacional e promover o cristianismo após se converterem. Apesar de o juiz declarar que não havia provas suficientes para o suposto crime, os nove seguidores de Jesus ficaram presos por quase 20 anos (somando o tempo de prisão de cada um).

Os cristãos estavam cumprindo pena por serem membros de igrejas domésticas, até que a Suprema Corte ordenou uma revisão do caso, dizendo que eles não haviam cometido nenhum crime. Os seguidores de Jesus foram soltos condicionalmente em novembro de 2021, até que a revisão do caso fosse concluída.

Em fevereiro deste ano, o tribunal de apelação mencionou argumentos apresentados pela defesa, concluindo que os nove homens tinham apenas adorado a Jesus de acordo com os ensinamentos do cristianismo, e que os cristãos são ensinados a viver em obediência, submissão e apoio às autoridades.

Essa decisão das autoridades dá esperança aos cristãos no Irã, mas a perseguição aos seguidores de Jesus ainda é uma preocupação. O país ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022, que mostra onde é mais difícil viver como cristão. Além disso, a justiça no Irã é imprevisível. 

Enquanto os nove cristãos foram totalmente exonerados pela Suprema Corte, dois deles já enfrentam novas acusações. Um terceiro cristão foi enviado de volta para a prisão em janeiro por outro juiz da Suprema Corte sob a alegação de um erro do tribunal de apelações em um caso de sete anos.

Enquanto isso, o cristão ex-muçulmano Nasser Navard Gol-Tapeh foi informado no mês passado que seu recurso para um novo julgamento foi rejeitado pela Suprema Corte. Ele cumpre uma sentença de 10 anos, por “crimes” semelhantes aos nove convertidos que foram absolvidos poucos dias antes.  
 

Com informações Portas Abertas – Foto: reprodução/ Portas Abertas

Mulher perde pais e marido por seguir a Jesus no Norte da África

O Norte da África tem os valores e pincípios baseados na cultura islâmica, por conta disso, não é nada fácil a vida de quem escolhe se converter ao cristianismo na região. A Portas Abertas compartilhou a história de uma jovem que conheceu o amor de Jesus ainda na adolescência, e resolveu seguir seus passos, mas teve que lidar com o desprezo e exclusão dos que a rodeavam.

Sarah* nasceu em uma família muita religiosa, e é filha de um imã (pregador na mesquita). Ela conta que desde nova, aprendeu a temer a Deus, mas não foi ensinada sobre seu amor, tão pouco desejava estar perto desse Deus, que conforme ouvia, “iria torturá-la e puní-la no inferno, por ser uma criança teimosa”.

A jovem, que hoje está com 27 anos, ganhou uma Bíblia quando tinha 16 anos, em uma igreja que foi visitar. E após dois anos, teve seu real encontro com Cristo. Nesta época ela conheceu cristãos no facebook, e passou a ler a Palavra de Deus escondida embaixo da cama.

Sua conversão foi descorberta pelo pai, durante um Ramadã, quando ele encontrou sua Bíblia e ela contou que havia se tornado cristã. Além de ser agredida e difamada na comunidade, Sarah foi expulsa de casa, mas recebeu acolhimento dos irmãos na fé.

Ela conta que apesar de não se arrepender de sua conversão, sentia muita falta da família, e resolveu fazer o que fosse preciso para se reconciliar com todos. Foi então que se casou com um muçulmano tolerante ao Evangelho, mas após o casamento viu as coisas mudarem. “Ele de repente se voltou contra mim, se transformou em outra pessoa. Eu experimentei agressão física, desrespeito, desconfiança. Eu senti que cometi um erro grave”, desabafa a cristã.

Assim como Sarah, muitas outras mulheres no Norte da África enfrentam o abandono, e são apoiadas pela igreja. Com o projeto Restauração, apoiado pela Portas Abertas, centenas de mulheres que foram rejeitadas por sua família, comunidade, e até autoridades, após terem um encontro com Jesus, descobrem uma nova identidade de filha amada de Deus.

Sarah participou do projeto, e atualmente trabalha para ensinar e encorajar outras seguidoras de Jesus que enfrentam perseguição. 

*Nome alterado para segurança

Com infromações Portas Abertas – Foto: Reprodução/ Portas Abertas

Cristãos na Ucrânia fazem culto em porão para escapar dos bombardeios

Neste domingo (6), uma igreja evangélica em Mariupol, cidade portuária da Ucrânia, precisou realizar o culto no porão do templo para escapar dos bombardeios das forças russas.

Localizada a sudoeste do país, a cidade virou um alvo para a estratégia russa na guerra. Antes mesmo da invasão, a Rússia já havia posicionado navios carregados com tanques de guerra, veículos blindados e soldados ao longo da costa ucraniana. 

Segundo informações do governo e do porta-voz da polícia local, nesta quarta-feira (9), militares russos lançaram bombas em um hospital infantil e maternidade na cidade ucraniana. O ataque teria deixado ao menos 17 pessoas feridas, conforme informado por funcionários do centro de saúde. A Câmara Municipal publicou nas redes sociais, imagens do prédio completamente destruído.

Sendo um dos poucos edifícios que ainda permanecem intactos, e com o fechamento do corredor humanitário, a Igreja Batista Central decidiu realizar a reunião da manhã do último domingo (6), no porão da igreja. Cerca de 75 membros se reuniram no local, para cultuar a Deus em meio à guerra. 

A filha do pastor fundador contiu que, na época da construção do templo, em 1990, muitos reclamaram do porão ser muito grande. Mas hoje, o espaço tem servido de abrigo aéreo para a congregação batista.

Na cidade de Izyum, os membros da igreja batista local não tiveram o mesmo desfech. A congregação que está localizada próxima dos combates na região de Kharkiv, também estava servindo de abrigo aos refugiados, porém, foi atingida por um projétil russo, neste domingo (6), e pegou fogo. Com isso, a maioria dos membros e abrigados foram evacuados para o oeste da Ucrânia.

Em meio a tantos ataques e incertezas da guerra, as igrejas ucranianas estão decididas a não desistir de sua missão de pregar o Evangelho, e manter a fé.

“A tarefa mais importante para a igreja agora é continuar pregando. As igrejas se tornaram um farol de esperança… oramos e trabalhamos – com esperança e fé – para que Deus prevaleça e revele sua glória na Ucrânia”, declarou o pastor local, Rakhuba.  

Com informações Guiame/ Christianity Today/Reuters  – Foto: Reprodução/Twitter/Eric Costanzo 

Cristãos na Ucrânia fazem culto em porão para escapar dos bombardeios

Neste domingo (6), uma igreja evangélica em Mariupol, cidade portuária da Ucrânia, precisou realizar o culto no porão do templo para escapar dos bombardeios das forças russas.

Localizada a sudoeste do país, a cidade virou um alvo para a estratégia russa na guerra. Antes mesmo da invasão, a Rússia já havia posicionado navios carregados com tanques de guerra, veículos blindados e soldados ao longo da costa ucraniana. 

Segundo informações do governo e do porta-voz da polícia local, nesta quarta-feira (9), militares russos lançaram bombas em um hospital infantil e maternidade na cidade ucraniana. O ataque teria deixado ao menos 17 pessoas feridas, conforme informado por funcionários do centro de saúde. A Câmara Municipal publicou nas redes sociais, imagens do prédio completamente destruído.

Sendo um dos poucos edifícios que ainda permanecem intactos, e com o fechamento do corredor humanitário, a Igreja Batista Central decidiu realizar a reunião da manhã do último domingo (6), no porão da igreja. Cerca de 75 membros se reuniram no local, para cultuar a Deus em meio à guerra. 

A filha do pastor fundador contiu que, na época da construção do templo, em 1990, muitos reclamaram do porão ser muito grande. Mas hoje, o espaço tem servido de abrigo aéreo para a congregação batista.

Na cidade de Izyum, os membros da igreja batista local não tiveram o mesmo desfech. A congregação que está localizada próxima dos combates na região de Kharkiv, também estava servindo de abrigo aos refugiados, porém, foi atingida por um projétil russo, neste domingo (6), e pegou fogo. Com isso, a maioria dos membros e abrigados foram evacuados para o oeste da Ucrânia.

Em meio a tantos ataques e incertezas da guerra, as igrejas ucranianas estão decididas a não desistir de sua missão de pregar o Evangelho, e manter a fé.

“A tarefa mais importante para a igreja agora é continuar pregando. As igrejas se tornaram um farol de esperança… oramos e trabalhamos – com esperança e fé – para que Deus prevaleça e revele sua glória na Ucrânia”, declarou o pastor local, Rakhuba.  

Com informações Guiame/ Christianity Today/Reuters  – Foto: Reprodução/Twitter/Eric Costanzo 

Pastor ucraniano compartilha situação no país

Na manhã desta quinta-feira (24), Anatoliy Shmilikhovskyy, um pastor da Igreja Batista Central em Lviv, cidade localizada no oeste da Ucrânia, próximo da fronteira com a Polônia, abriu uma live em suas redes sociais para compartilhar a situação no país.

De acordo com o pastor ucraniano, a cidade de Lviv ainda está tranquila, e a população tem se preparando para um possível agravamento no cenário. Conforme diversos relatos, o exército russo está bombardeando locais estratégicos da Ucrânia, onde existem bases militares. O pastor tem amigos na cidade de Kiev, e conta que eles ouviram as explosões de casa, mas ressaltou que estão sãos e vivos.

“Em Lviv, por enquanto, está tranquilo. As pessoas estão nas lojas comprando comida, os postos de gasolina estão super abastecidos, e o pessoal está nas filas”, disse.

As igrejas locais estão sendo mobilizadas para orar. “Eu sempre falava uma frase ‘Nós sabemos que nossas crianças podem mudar nossa teologia’, hoje, eu posso dizer pra vocês, mas infelizmente, a guerra também pode mudar nossa teologia”, afirmou o pastor. “Chegou a hora, não de falar, chegou a hora de clamar a Deus. Com certeza, nós temos que reconhecer, que o mundo apartir do dia de hoje, vai ser diferente”, completou ele.

Shmilikhovskyy relata que o exército ucraniano está se defendendo e combatendo, mas a nação se encontra em estado de choque, pois com o decreto de estado de emergência militar, muitos homens serão mobilizados para guerra. “Os pastores provavelmente vão ser convocados para trabalhar no cuidado pastoral”, afirma.

O pastor Anatoliy Shmilikhovskyy, finaliza o vídeo clamando para que a igreja brasileira ajude com jejum e oração, ‘crendo com a absoluta certeza de que a oração pode fazer muita diferença’.

Redação CPAD News – Foto: Reprodução vídeo/Anatoliy Shmilikhovskyy

Cristãos ucranianos temem consequências da invasão russa ao país

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar no Leste da Ucrânia na noite da quarta-feira (23). O ataque foi além da região de Donbass e mais de dez cidades ucranianas, inclusive a capital, Kiev.

Há cerca de 30 anos a Ucrânia se tornou uma nação independente da Rússia, mas a instabilidade política e as crises internas se intensificaram recentemente. O país nunca foi uma nação caracterizada pela uniformidade, o noroeste do país é formado predominantemente ucraniano, enquanto o sudeste tem maioria russa.  

As igrejas na região oriental de Donbass estão sob crescente pressão desde 2014, quando protestos contra o governo levaram a uma revolta apoiada pela Rússia nas províncias de Donetsk e Luhansk, onde os rebeldes estabeleceram repúblicas autoproclamadas independentes. A guerra entre separatistas apoiados pela Rússia e o governo em Kiev, capital ucraniana, ao longo dos anos fez com que milhões de pessoas fugissem de suas casas e milhares de outras pessoas fossem mortas, causando uma crise humanitária. 

As autoridades de ambas as repúblicas impuseram regras, exigindo que organizações religiosas se registrassem. Uma lista de dezembro de 2019 com 195 organizações religiosas registradas pelas autoridades de Luhansk mostrou que nenhuma permissão havia sido concedida a comunidades protestantes. 

Em junho do ano passado, três igrejas cristãs foram proibidas de funcionar pelas autoridades da República Popular de Donetsk e outras tiveram seus edifícios confiscados. 

Com informações: Portas Abertas (25.02.22)

China proíbe conteúdo religioso na internet

Novas medidas para serviços de informação religiosa na internet entrarão em vigor na China a partir do dia primeiro de março. De acordo com exigências das regras administrativas, qualquer pessoa que deseja publicar conteúdo religioso na internet deverão ter uma permissão do Estado. 

A licença está disponível apenas para as cinco instituições religiosas aprovadas pelo Estado. O objetivo é limitar ainda mais o compartilhamento público de fé e forçar todas as religiões a se alinharem ao socialismo chinês. Em dezembro, o presidente Xi Jinping instituiu a proibição do uso da internet e redes sociais como ferramentas de propaganda religiosa.  

Para os cristãos chineses, a medida significa que serviços online de sermões, estudos bíblicos ou qualquer outra mensagem religiosa na forma de textos, fotos, áudios e vídeos só poderão ser acessados por meio de canais aprovados pelo Estado. As autoridades verificarão todo o conteúdo  para certificar de que esteja em concordância com os valores socialistas e em apoio ao Partido Comunista da China. 

Instituições religiosas, como seminários, poderão treinar os alunos usando apenas plataformas e aplicativos aprovados. O contato com o mundo exterior só pode ser feito através de redes especializadas, em que a identidade dos participantes é verificada.  

Os líderes da igreja que estão sob suspeita podem ser convidados para “tomar chá” com as autoridades locais, o que tende a um nível moderado de interrogatório. Eles também podem receber advertências, além de enfrentar detenção administrativa e outras formas de pressão. 

A vigilância na China está entre as mais opressivas e sofisticadas do mundo. A participação nas igrejas é rigorosamente monitorada e muitas igrejas estão sendo fechadas. 

Perseguição aos cristãos volta a crescer no mundo

Atualmente, mais de 360 milhões de cristãos ao redor do mundo enfrentam altos níveis de perseguição e discriminação por causa da fé em Cristo. A Lista Mundial da Perseguição 2022 mostra um aumento de quase 6% em relação ao ano anterior e a estimativa é que 1 em cada 7 cristãos no mundo enfrenta perseguição extrema, severa ou alta.

Na lista recente, os 50 países classificaram níveis de perseguição extrema e severa. Além do Top50, outros 26 países ficaram na Lista de Países em Observação, sendo cinco deles com mais de 61 pontos e outros 21 com mais de 41 pontos. Com perseguição extrema, além dos países do Top10, também está a Arábia Saudita.

Depois de 20 anos, a Coreia do Norte deixa o primeiro lugar da LMP e quem assume é o Afeganistão. É importante lembrar que isso não quer dizer que a perseguição não possa piorar no Afeganistão ou que a situação na Coreia do Norte tenha melhorado.

No quesito novidades, temos Níger (33º) e Cuba (37º). Níger foi o país que mais subiu posições, o que se deve principalmente à pressão e à violência de extremistas islâmicos. Já em Cuba, o regime ditatorial intensificou as ações contra líderes cristãos e ativistas que se opõem aos princípios comunistas, principalmente após as manifestações de julho de 2021.

Quanto aos países que mais subiram posições, além dos recém-integrados ao Top50, a Indonésia subiu 19 posições, passando do 47º para o 28º lugar. O Catar saiu da 29ª e foi para 18ª colocação, e o Butão deixou o 43º para alcançar o 34º lugar.

Com informações: Portas Abertas (25.01.22)