Restrições de governos à religião chegam a nível mais alto, diz pesquisa

As restrições governamentais à religião atingiram um nível recorde em 2018, de acordo com o 11º estudo anual do Pew Research Center publicado na quarta-feira (11). Cristãos continuam sendo o grupo religioso mais perseguido na maioria dos países.

Entre as ações dos governos, estão a criação de leis que restringem a liberdade religiosa e o incentivo às hostilidades sociais, que vão desde conflitos armados até assédio por causa de roupas. 

O estudo, que começou a ser realizado em 2007, analisa casos que aconteceram em 198 países e territórios até 2018, o ano mais recente para o qual havia dados disponíveis.

A pontuação média global no Índice de Restrições do Governo aumentou para 2,9 em 2018, em comparação com 2,8 no ano anterior. Em 2007, a pontuação média era de 1,8. O número de países com níveis “altos” de restrições também cresceu: pelo menos 56 entraram nesta categoria.

A Ásia e o Pacífico tiveram o maior aumento nas restrições governamentais, enquanto o Oriente Médio e do Norte da África mantiveram seu nível de restrições no índice “mais alto”.

Entre os 25 países mais populosos, Índia, Egito, Indonésia, Paquistão e Rússia apresentaram os maiores níveis de restrições governamentais e hostilidades sociais por causa da religião. 

Em um índice de 0 a 10, a China teve os níveis mais altos de restrições governamentais (9,3) e a Índia teve os níveis mais altos de hostilidades sociais (9,6).

O estudo conclui ainda que os governos autoritários são mais propensos a restringir a religião. Cerca de 65% dos países com restrições governamentais “muito altas” são classificados como autoritários; enquanto apenas 7% dos países com “baixas” restrições governamentais são autoritários. 

Entre os grupos que são alvos das restrições, cristãos e muçulmanos continuam sendo os mais perseguidos na maioria dos países. Isso acontece porque ambos são os maiores grupos religiosos do mundo e estão mais dispersos do que outros grupos.

Os cristãos foram os que sofreram assédio no maior número de países (145 dos 198 analisados no estudo). Em seguida vem os muçulmanos, vítimas de restrições em 139 países. Os judeus são apenas 0,2% da população global, mas estão como terceiro colocado, assediados em 88 países. 

Pessoas sem religião, definidas como ateus e agnósticos, foram o grupo que tiveram o maior declínio no assédio. Eles “não” foram assediados em 18 países em 2018, em comparação com 23 países no ano anterior.

`Estar acorrentado também é pregar o Evangelho´, diz cristão detido na China

Um renomado escritor chinês e ativista democrático que se converteu ao cristianismo em 2016 foi detido pela polícia no dia 4 de novembro, depois de dar uma palestra no webinário intitulado “Cristianismo e cultura chinesa”.

Após se converter ao Evangelho, Ran Yunfei foi batizado pelo pastor Wang Yi, na Igreja Early Rain Covenant de Chengdu e desde então tem se envolvido ativamente em compartilhar a mensagem de Cristo. Como convidado, Ran estava programado para ministrar três palestras no webinário de pregação online, intitulado “Evangelho durante a Pandemia”, que se realizou entre os dias 3 e 5 de novembro (2020).

No dia 3 de novembro, Ran chegou a ministrar com sucesso sua palestra sobre “A substância da cultura chinesa”, na qual resumiu as características da cultura de seu país. Porém, no dia seguinte, antes da palestra agendada para as 17h, Ran recebeu um telefonema da delegacia de polícia local, exigindo que ele cancelasse sua participação no evento e que comparecesse à delegacia, onde posteriormente ficou detido por algumas horas.

Com a convocação e posterior detenção de Ran, o webinário teve que reproduzir um vídeo gravado. Ran só voltou para casa por volta das 23h e compartilhou enviou notícias aos colegas via WeChat.

“Estou grato por ter retornado. Não poderei ministrar a palestra de amanhã também. Mas devemos compartilhar o Evangelho falando? Se você entende que o fato de estar acorrentado é também compartilhar o Evangelho (não apenas com as pessoas que falam com você, mas também com muitos que o assistem), então devemos nos sentir felizes por entrar na delegacia várias vezes”.

Esta não foi a primeira vez que ele foi convocado pela polícia. Em abril passado, Ran foi levado pela delegacia antes de seu webinar de pregação também. Sempre que procuram silenciá-lo, eles o proíbem de falar. “Beber chá” com a polícia (outro termo para ser convocado) já se tornou uma norma para Ran.

Segundo Missão Portas Abertas (EUA), a China está classificada como um dos piores países do mundo quando se trata de perseguição aos cristãos. A organização internacional observa que todas as igrejas são vistas pelo governo como uma “ameaça”, caso se tornarem grandes demais, “políticas demais” ou convidem estrangeiros para pregar ou participar de outras ações.

Fonte: Guiame/ Com informações da International Christian Concern – Foto: The New York Review / Ian Johnson | 09/11/2020 

Igrejas pedem proteção para vítimas de ataques extremistas

A aliança de igrejas quer garantir que os cristãos atacados tenham proteção e liberdade religiosa.

Uma união de igrejas evangélicas convocou o governo do estado de Chhattisgarh, no Centro-Leste da Índia, para assegurar que os cristãos que enfrentam perseguição sejam amparados e tenham liberdade e respeito para crer em Jesus.

A carta da Sociedade Evangélica da Índia (EFI, da sigla em inglês) a um ministro do Estado cita um incidente que ocorreu entre 22 e 23 de setembro, em que uma multidão atacou as casas de 16 famílias cristãs nas aldeias de Kakdabeda, Singanpur e Tiliyabeda no distrito de Kondagaon de Chhattisgarh. No ocorrido, pelo menos 75 cristãos fugiram de suas casas e precisaram de atendimento médico, pois foram agredidos pelos aldeões.

EFI pede que o ministro tome medidas imediatas para fornecer segurança e resguardar o direito constitucional dos cidadãos de praticar a fé. “Também pedimos a garantia de que os autores dos ataques sejam levados à justiça e sejam presos, para que a lei seja cumprida e nenhuma situação tão desagradável possa surgir no futuro”, disse a organização que representa mais de 65 mil igrejas e instituições na Índia. 

Além disso, líderes cristãos em Chhattisgarh solicitaram uma legislação que criminaliza o boicote social, em que os seguidores de Cristo são coagidos a abandonar a fé sob a ameaça de serem excluídos das atividades sociais e econômicas das comunidades. O único estado indiano que até agora introduziu uma legislação que criminaliza boicotes sociais é Maharashtra. A lei proíbe a exclusão social em nome de casta, comunidade, religião, rituais ou costumes, e as violações são puníveis com três anos de prisão e multa.

Pedidos de oração

– Interceda pelas famílias, para que permaneçam firmes na fé em Jesus e tenham liberdade e segurança para propagarem a fé em Jesus.

–  Clame a Deus pelo povo das aldeias de Kakdabeda, Singanpur e Tiliyabeda, para que eles também encontrem a Cristo.

– Ore pelo governo e pelos líderes cristãos da EFI, para que tenham sabedoria para lidar com os conflitos e cheguem a um consenso sobre a segurança dos cristãos.

Fonte: Portas Abertas

503 anos da Reforma Protestante

O Dia da Reforma Protestante celebra o movimento iniciado por Martinho Lutero e suas 95 teses nas portas da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, em 31 de outubro de 1517. Neste sábado (31), cristãos ao redor do mundo celebram 503 anos do acontecimento que mudou a história da igreja.

Confira abaixo 12 momentos-chave para entender o impacto da Reforma, publicados pela BBC History Magazine por Diarmaid MacCulloch, professor de História da Igreja na Universidade de Oxford.

 1  1517: Lutero confronta o Papa

Martinho Lutero, um devoto frade agostiniano e professor universitário em Wittenberg, na Saxônia, norte da Alemanha, lança um ataque às indulgências, que a Igreja Católica exige dos fiéis para encurtar o tempo no purgatório após a morte, antes de entrar no céu. Ele descreve uma crítica em 95 teses para questionar a teologia de salvação adotada pela Igreja.

Para a surpresa de Lutero, sua iniciativa desperta entusiasmo em toda a Alemanha. Descobrindo um dom para a comunicação popular — apesar de não ter publicado praticamente nada antes — ele começa a escrever uma série de panfletos e livros explicando suas ideias. A hierarquia da igreja ocidental vê isso como uma ameaça à sua autoridade. Os dois lados falam com propósitos opostos: Lutero sobre salvação, as autoridades sobre obediência.

 2  1519: Reforma se espalha pela Suíça

Em Zurique, na Suíça, centenas de quilômetros ao sul de Wittenberg, um proeminente sacerdote chamado Huldrych Zwingli começa a pregar por meio da Bíblia. Sua mensagem de que só Deus está encarregado da salvação também desafia o ensino oficial da igreja em uma ampla frente. Ele desencadeou uma Reforma em Zurique, depois em muitas partes da Suíça e do sul da Alemanha — uma reforma que é paralela à de Lutero, mas não idêntica a ela, e não respeita de forma alguma a autoridade de Lutero.

 3  1520: Roma condena a desobediência de Lutero

A esta altura, Lutero e as autoridades de Roma estão em rota de colisão. Enquanto ele reforça a visão bíblica sobre a salvação, ecoando os escritos do apóstolo Paulo e Agostinho de Hipona, os líderes católicos ficam furiosos por Lutero não obedecer às ordens de se calar.

O papa emite um pronunciamento solene (uma ‘bula’) condenando Lutero e sua desobediência. Lutero o destrói em uma demonstração pública e escreve três obras clássicas estabelecendo uma estrutura alternativa do pensamento cristão, centrada na ‘justificação pela fé’. Ele afirma que a fé é um dom de Deus por meio da graça e que esta é a única maneira de ganhar a salvação. Não há nada que a igreja possa acrescentar a isso, muito menos a imposição de indulgências.

 4  1521: Lutero permanece firme diante do imperador

Convocado para se encontrar com o Sacro Imperador Romano, Carlos V, na cidade alemã de Worms, Lutero não quis recuar. “Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição”, disse ele. O imperador honrosamente apoia uma promessa de salvo-conduto à assembleia romana e então Lutero parte como um homem livre.

Apesar de desafiar o papa e o imperador, Lutero recebe o apoio de muitos governantes locais na Alemanha. O Eleitorado da Saxônia, formado por apoiadores, planeja proteger Lutero de novos ataques por meio de um “sequestro” encenado e, em reclusão no castelo eleitoral de Wartburg, Lutero começa a traduzir a Bíblia para o alemão. Isso terá uma grande influência na maneira como o alemão é falado. Amante da música, Lutero também começa a escrever hinos em alemão.

 5  1525: Milhares de rebeldes são massacrados

A agitação provocada pela mensagem de Lutero resultou em rebeliões por parte de extremistas em grande parte do Sacro Império Romano — começa então a Guerra dos Camponeses, na qual os rebeldes são brutalmente esmagados.

Lutero, horrorizado com o uso extremista de sua mensagem, apóia a dura repressão contra os rebeldes. Há uma desilusão popular com sua postura, e ele passa a confiar mais na classe governante para promover sua versão da Reforma. Os apoiadores das rebeliões levam seus pensamentos em direções mais radicais, rejeitando o consenso cristão sobre a Trindade ou a relação estreita entre o governo e igreja. Eles procuram respostas anteriores, mais bíblicas.

Seus oponentes, católicos e protestantes, os condenam e muitas vezes os perseguem, os rotulando como ‘anabatistas’ (‘rebatizadores’), uma vez que sua proposta é que apenas crentes adultos sejam batizados, e não crianças.

 6  1530: Protestantes lutam entre si

Quando a assembleia romana se reúne em Augsburgo, os apoiadores políticos de Lutero (já apelidados de “protestantes”) convencem Carlos V a considerar duas declarações de fé da Reforma: uma dos luteranos e outra inspirada nos reformadores suíços. Carlos não aceita nenhuma das duas, mas a declaração luterana permanece como a ‘Confissão de Augsburgo’, e a cisão entre luteranos e protestantes não-luteranos (mais tarde conhecidos como protestantes ‘reformados’) se torna permanente.

Os protestantes reformados e sucessores de Huldrych Zwingli colocam muito mais ênfase do que Lutero no pecado da idolatria e destroem as imagens nas igrejas — Lutero rapidamente decide que esta é uma má ideia. Eles também têm uma visão diferente sobre a Santa Ceia. Os reformados têm uma visão simbólica do pão e do vinho eucarístico, negando que estes são transformados no corpo e no sangue de Cristo em um sentido literal. Consequentemente, eles rejeitam a teologia da eucaristia como um sacrifício chamado de ‘missa’, enquanto Lutero sustenta grande parte da antiga cerimônia da missa.

Lutero e Zwingli encontram-se em Marburg em 1529 para oficializar sua ruptura. Por outro lado, os dois grupos dentro do protestantismo concordam em duas coisas: que o papa é o inimigo de Deus e que o clero não é uma casta privilegiada marcada pelo celibato; portanto, como os leigos, eles poderiam se casar. 

 7  1536: Calvino atinge os reformadores

Um exilado religioso francês, João Calvino, chega à cidade de Genebra, já experimentando uma Reforma caótica, e se torna um líder religioso proeminente na cidade suíça. Superando muita oposição, ele estabelece sua própria Reforma, recebendo apoio de um grande número de companheiros exilados. Genebra se torna um centro importante no protestantismo reformado ao lado de Zurique.

Calvino coloca uma ênfase especial na disciplina e no governo da igreja, e os resultados são admirados em toda a Europa, marcada pela desordem e violência pública. Os colegas de Calvino também encorajam uma nova forma de fazer música, muito diferente da dos luteranos: é baseada exclusivamente em textos da Bíblia, principalmente os 150 Salmos de Davi. Eles são expressos em versos e melodias simples para todos cantarem. 

Com a mudança na forma de prestar adoração a Deus, os salmos cantados se tornam um poderoso símbolo dos protestantes reformados, transcendendo as fronteiras locais e culturais.

 8  1555: Carlos V negocia paz com os luteranos

Após nove anos de guerra na Europa central, Carlos V e a nobre família Habsburgo são forçados a reconhecer a existência oficial do luteranismo. Em outros lugares, os Habsburgos tentam proteger e revitalizar o catolicismo. Este acordo chamado ‘Paz de Augsburgo’ não menciona o Protestantismo Reformado, embora nas próximas décadas algumas regiões do império tenham governantes reformados. 

Esse silêncio cria instabilidade e incerteza na política religiosa da Europa central. Por volta de 1600, a Escandinávia e a maior parte do norte da Alemanha tornam-se luteranos, mas as igrejas reformadas foram estabelecidas em países como Escócia, Inglaterra, Transilvânia (Romênia) e partes da Polônia e Lituânia.

 9  1558: A nova rainha da Inglaterra busca o meio-termo

Elizabeth I sucede ao trono inglês e decide com o parlamento em 1559 manter o Acordo de Religião durante seu reinado de 45 anos. Desde a ruptura de seu pai, Henrique VIII, com a obediência papal em 1533, o reino britânico oscilou entre a atitude ambígua de Henrique em relação à Reforma, o apoio aberto de seu filho Eduardo VI à Reforma e a reintrodução do catolicismo romano por sua filha Maria.

Elizabeth é uma protestante cautelosa, mas seu clero e conselheiros se movem com entusiasmo para continuar a trajetória protestante reformada da igreja de Eduardo. Não há muito que ela possa fazer sobre, além de proibir qualquer nova promulgação oficial de mudança religiosa. Ela insiste em manter não apenas os bispos, mas as catedrais e instituições eclesiais em funcionamento.

Isso deixa uma mensagem dupla para a teologia da Igreja da Inglaterra: é Católica ou Protestante? A questão nunca foi resolvida.

A igreja é unida por uma Bíblia inglesa comum (após nove décadas de traduções, na versão King James de 1611). Desta igreja inglesa cresceu o ‘anglicanismo’, enquanto os protestantes ingleses que não puderam aceitar o acordo de 1662 formaram as igrejas livres.

 10  1563: Bispos lançam a Contra-Reforma

Um conselho de bispos católicos romanos reunido em Trento, no norte da Itália, é encerrado após uma série de sessões iniciadas em 1545. O conselho conseguiu restaurar a autoconfiança e a estrutura da velha igreja ocidental após o golpe da Reforma.

Enquanto surgem grupos na transformação religiosa do sul da Europa, que não conseguiram encontrar um lugar na Reforma Protestante, as promulgações do conselho alimentam a identidade da ‘Contrarreforma’, ou Reforma Católica, apoiada pelo poder dos monarcas — particularmente na França, Polônia e no Sacro Império Romano. 

O catolicismo, com a expansão portuguesa e espanhola na América, África e Ásia, torna-se a primeira religião mundial, apoiada decisivamente pelo poder militar contra outras religiões onde as autoridades espanholas e portuguesas se estabelecessem.

 11  1607: Protestantes colonizam a América do Norte

A primeira colônia inglesa a sobreviver permanentemente na América do Norte é estabelecida em Jamestown (em homenagem ao atual rei, Jaime VI e I; embora a colônia tenha se chamado Virgínia, em homenagem à Virgem Rainha Elizabeth). O estabelecimento da colônia anuncia a expansão do protestantismo de língua inglesa de uma pequena ilha para se tornar uma expressão mundial da fé cristã. 

Virgínia tem o prazer de estabelecer uma religião oficial, que é uma versão da Igreja da Inglaterra. Mas ao norte, uma costa chamada de “Nova Inglaterra” é fundada por pessoas profundamente insatisfeitas com o que consideram os compromissos papistas da Igreja inglesa.

 12  1618–19: Europa vive uma guerra destrutiva

Um sínodo da Igreja Reformada Holandesa se reúne em Dordrecht para definir o que a Igreja acredita sobre os meios de salvação, depois que uma violenta controvérsia teológica e política resultou na vitória dos que proclamam a crença na predestinação divina. Representantes de outras igrejas reformadas comparecem, incluindo da Inglaterra, tornando este sínodo o mais próximo de uma reunião internacional que as fragmentadas igrejas reformadas já tiveram. Nem todos os Protestantes Reformados aceitam isso e seguem suas próprias direções — uma tendência no protestantismo reformado.

Após o fim da Guerra dos Trinta Anos que diversas nações europeias travaram entre si, em 1648, os territórios protestantes em toda a Europa são muito reduzidos, mas muitos europeus estão adoentados pela violência religiosa e exploram como a razão pode ser aplicada à crença religiosa de forma menos dogmática. Seus esforços moldam uma perspectiva que em breve é chamada de “Iluminismo”.

Fonte: Guiame/ Com informações do History Extra

Organizações cristãs na China retiram “Jesus” dos títulos de livros para driblar a censura

A censura China contra cristãos na internet tornou-se tão severa que até grupos cristãos oficiais sancionados pelo governo estão agora usando as iniciais chinesas em pinyin “JD” para substituir caracteres chineses de “Jesus” e “Cristo”, de acordo com a China Aid, dos Estados Unidos.

Duas organizações religiosas sancionadas pelo governo oficial — o Conselho Cristão da China e o Comitê do Movimento Patriótico das Três Autônomas das Igrejas Protestantes da China — atualizaram títulos e descrições de todos os seus livros em “Tianfeng Shuyuan”, sua livraria oficial WeChat, relatou a China Aid, que expõe abusos e promove a liberdade religiosa, os direitos humanos e o Estado de Direito na China.

“Em sua loja oficial WeChat, não apenas ‘Cristo’ se torna ‘JD’, ‘Jesus’ também se torna ‘YS’ e ‘Bíblia’ se torna ‘SJ’”, escreveu Fuzeng Xing, reitor do Seminário Chung Chi da Universidade Chinesa de Hong Kong, em sua página no Facebook, observou o grupo.

Em 30 de março de 2018, a “Bíblia Sagrada” foi removida de todas as livrarias online em toda a China, incluindo Taobao, Jingdong, loja WeChat, Dangdang, Amazon China e outras plataformas online.

Como resultado, muitas livrarias religiosas online fecharam.

A revista Bitter Winter, uma publicação que monitora as violações da liberdade religiosa na China, relatou no início deste mês que funcionários do Partido Comunista Chinês em Luoyang, uma cidade de nível municipal na província central de Henan, vasculharam uma gráfica local em busca de materiais religiosos proibidos.

“Qualquer conteúdo religioso torna a questão política, não religiosa. Embora faixas nas ruas digam que as pessoas têm crenças religiosas, a única fé que elas podem praticar livremente é a do Partido Comunista”, disse o gerente de uma loja a Bitter Winter.

Como as inspeções são “muito rigorosas”, o gerente disse que se recusa a imprimir materiais religiosos.

“Eles verificaram meu depósito, examinaram todos os registros e até examinaram folhas de papel no chão para ver se tinham conteúdo proibido. Se algum desses conteúdos for encontrado, serei multado ou, pior, meu negócio será fechado”,

A organização cristã de vigilância sobre perseguição International Christian Concern relatou na época que, em setembro de 2019, Chen Yu, que operava sua livraria online na cidade de Taizhou, província de Zhejiang, foi detido por vender publicações religiosas não aprovadas importadas de Taiwan, dos EUA e de outros países.

Ele foi condenado a sete anos de prisão e multado em 200.000 RMB ($ 29.450), de acordo com um documento do Tribunal Popular da cidade de Linhai, compartilhado pelo Padre Francis Liu, da Chinese Christian Fellowship of Righteousness.

Repressão Comunista

Em 2018, o governo chinês proibiu a venda de Bíblias em livrarias online em todo o país para cumprir um “papel branco” que ditava o cumprimento dos “valores fundamentais do socialismo”.

O site ‘ABC News’, da Austrália informou na época que cópias dos Evangelhos foram removidas de varejistas online após o lançamento de um documento de regime intitulado “Políticas e Práticas da China sobre a Proteção da Liberdade de Crença Religiosa”.

O documento declarou que as comunidades religiosas chinesas “deveriam aderir à direção de localizar a religião, praticar os valores fundamentais do socialismo, desenvolver e expandir a boa tradição chinesa e explorar ativamente o pensamento religioso que está de acordo com as circunstâncias nacionais da China”.

A China é classificada como um dos piores países do mundo no que diz respeito à perseguição aos cristãos, de acordo com a lista da Portas Abertas USA World Watch.

Fonte: Guiame

Manifestantes encapuzados incendeiam 2 igrejas durante protestos no Chile

Duas igrejas foram completamente incendiadas neste domingo (18) em Santiago depois de serem atacadas por encapuzados em meio a uma grande manifestação pelo primeiro aniversário do início dos protestos sociais no Chile.

A igreja menor ficou totalmente destruída pelas chamas. Quando sua cúpula pegou fogo após o desabamento da estrutura, vários manifestantes comemoraram.

A estrutura foi atacada por manifestantes encapuzados no momento em que várias horas de manifestação pacífica ocorreram ao redor da Praça Itália, onde eles comemoraram o início dor protestos de 18 de outubro de 2019.

Quando a igreja pegou fogo, bombeiros e equipes de resgate fizeram uma cerca para evitar que o colapso da estrutura atingisse as pessoas.

“Deixa cair, deixa cair”, gritaram alguns encapuzados, que festejaram a subsequente queda da cúpula da igrejinha, também conhecida como “freguesia dos artistas”, segundo a imprensa chilena.

Antes, bem próximo ao local onde ocorreu o incêndio, outro templo foi saqueado e queimado, mas os bombeiros conseguiram apagar as chamas antes que elas causassem maiores danos.

Desde cedo, os manifestantes – na maioria jovens, mas também famílias e idosos – compareceram à Praça Itália, rebatizada pelos manifestantes como “Praça da Dignidade”, para comemorar o dia em que “o Chile acordou”, como afirmam os manifestantes, mas também para se reunir novamente em um grande protesto após meses de pausa devido à pandemia.

Embora a Polícia tenha chegado cedo ao local, parte do efetivo se retirou com o aumento do número de manifestantes na praça, coberta por cartazes e bandeiras. Somente no começo da noite, alguns efetivos retornaram.

Plebiscito

A manifestação deste domingo acontece uma semana antes do plebiscito em que os chilenos vão decidir se mudam ou não a Constituição que permanece como herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

O referendo foi convocado após um amplo acordo político alcançado após semanas de protestos violentos no ano passado.

Várias pesquisas apontam que a opção de aprovar a mudança constitucional poderá vencer com mais de 60% dos votos, após um ano em que a demanda por maior bem-estar social tem um apoio transversal na sociedade, além de uma forte condenação à violência nas ruas.

Fonte: Guiame e @Pablo Nascimento (Twitter) / Com informações Estado de Minas / Foto: Claudio Reyes / AFP | 19/10/2020 – 13:20

Homem desiste de suicídio ao lembrar do `Jesus que os crentes diziam´

Movido pelo desejo de ter uma vida melhor após uma infância pobre, Marcelo se dedicou ao trabalho de maneira exaustiva. Ele se sacrificou a ponto de passar por 5 cirurgias e uma alma depressiva, que buscava ser preenchida por bens materiais.

Na época, a dedicação exagerada ao trabalho e o comportamento desequilibrado gerou problemas com Elaine, com quem era casado há 6 anos. Eles estavam juntos há muito tempo — foram 10 anos de namoro e 3 anos de noivado — e tiveram dois filhos, Yan e Kayan, na ocasião com 6 e 1 ano de idade.

Ainda assim, ambos decidiram pelo divórcio. A separação só intensificou a depressão e Marcelo cogitou interromper a própria vida, segundo testemunho divulgado pela Igreja Batista Atitude, com sede no Rio de Janeiro.

“Tudo caminhava para um fim trágico. O inimigo já investia na vida deles e plantou no coração de Marcelo que ele era o causador de tudo o que estava acontecendo, que não tinha mais jeito e o melhor a fazer era tirar a sua própria vida”, diz a publicação.

Ao ver sua vida desmoronando, Marcelo planejava como faria o suicídio, até que agumas palavras lhe vieram à memória. “Foi quando ele lembrou do que os crentes diziam, que Jesus era a solução para todos os problemas”, diz o testemunho.

“Marcelo resolveu então conversar com Deus e perguntou a Deus. O que ele deveria fazer com sua vida? Se deveria dar um tiro em sua própria cabeça, se a separação seria o melhor caminho ou se simplesmente sumia? Foi quando ouviu uma voz que dizia que, tudo aquilo estava acontecendo porque ele não buscava a Deus”, continua.

Naquele mesmo momento, Marcelo pediu perdão a Deus e resolveu entregar sua vida a Jesus. Foi ali que a transformação começou em sua vida. “O Senhor tirou todo o vazio que existia e encheu o coração daquele rapaz de alegria, uma alegria verdadeira nunca antes sentida. O prazer de viver e a esperança surgia novamente”, diz o texto.

Vida nova

Impactado pelo amor de Deus, Marcelo falou sobre sua conversão aos seus amigos e familiares. Uma dessas pessoas era Elaine. “Chegando em casa falou com sua esposa sobre a experiência que tinha tido com Deus, que já estava decidido entregar a sua vida a Jesus e que iria procurar uma igreja”, diz a publicação.

Marcelo convidou Elaine para ir à igreja com ele, pois acreditava “que Deus seria capaz de restaurar seu casamento”. Elaine aceitou e o marido teve a honra de evangelizar uma das pessoas que ele mais amava; “a primeira de muitas almas que seriam alcançadas por Deus através da vida de Marcelo”.

Marcelo e sua família começaram a frequentar a igreja que seu irmão e cunhada frequentavam. Seus filhos cresceram e acabaram se afastando da igreja, mas passaram a congregar na Batista Atitude após um convite para o culto de jovens. Os pais resolveram acompanhá-los e passaram a congregar junto com os filhos, hoje com 20 e 17 anos.

`Por que você está matando cristãos?´, perguntou Trump ao presidente da Nigéria

Em entrevista concedida em 8 de setembro em Abuja, capital da Nigéria, no Retiro de Avaliação de Desempenho Ministerial do primeiro ano de seu segundo mandato, o presidente Muhammadu Buhari disse que durante sua visita à Casa Branca em abril de 2018 o presidente Trump perguntou em particular por que ele estava matando cristãos.

“Quando eu estava em seu escritório, apenas eu e ele, apenas Deus é minha testemunha, ele me olhou na cara, perguntou: ‘por que você está matando cristãos?'”

O presidente Buhari disse que ficou perplexo com a pergunta, informou o jornal Punch. “Eu me pergunto, se fosse com você, como você reagiria? Espero que o que eu estava sentindo por dentro não tenha traído minha emoção, então disse a ele que o problema era entre os pecuaristas e os fazendeiros estagnados…”.

Em uma chamada à imprensa em junho patrocinada pela ONG In Defense of Christians, com sede em Washington, o ex-congressista americano Frank Wolf chamou a campanha contra os cristãos no Cinturão Médio da Nigéria como um “genocídio” deliberado. A Nigéria estava se tornando o “maior campo de matança de cristãos no mundo”.

Um relatório divulgado no mês passado pela Organização Internacional para a Construção da Paz e Justiça Social, o Comitê Internacional da Nigéria e o Grupo Parlamentar de Todos os Partidos para a Liberdade Religiosa Internacional ou Crença afirma que Boko Haram, Al Qaeda, pastores Fulani e outros grupos islâmicos são os responsáveis pelas mortes de mais de 96.000 cristãos em 21.000 ataques separados.

Eles descobriram que 43.242 cristãos foram mortos por Boko Haram, Estado Islâmico e Al Qaeda; 18.834 morreram em ataques Fulani e 34.233 de outros grupos armados.

O arcebispo Benjamin Kwashi de Jos, secretário-geral do GAFCON (uma rede conservadora de anglicanos) disse na imprensa de junho que as mortes foram “sistemáticas; é planejado; é calculado. “

Ele disse que o objetivo do Boko Haram era expulsar os cristãos do Cinturão do Norte e do Meio e “islamizar a Nigéria”.

No entanto, o governo do presidente Buhari estava ignorando o problema, disse o arcebispo Kwashi.

“Cada vez que levantamos nossas vozes para dizer aos governos que isso está acontecendo, eles sempre produziram uma narrativa política para dizer que são confrontos de agricultores e pastores. Essa narrativa é uma narrativa maligna de encobrimento porque pessoas honestas estarão dormindo em suas casas à noite que serão massacradas, mas será dito que será um confronto. Isso está longe de ser verdade”, disse o arcebispo. “Essas mortes ocorrem especificamente em aldeias cristãs.”

Presidente nega genocídio

O presidente Buhari negou na terça-feira (8/09) que houvesse qualquer campanha deliberada de assassinato ou limpeza religiosa do Norte. O problema era a mudança climática.

“Com a mudança climática e o crescimento populacional e a cultura dos pecuaristas, se você tem 50 vacas e elas comem capim, qualquer raiz, até o seu ponto de água, então eles vão seguir. Não importa de quem seja a fazenda.”

“O conjunto de liderança da Primeira República foi a liderança mais responsável que já tivemos. Pedi ao Ministro da Agricultura para obter um diário do início dos anos 60 que delineava a rota do gado, onde eles usavam os escassos recursos para construir represas de terra, moinhos de vento e até mesmo departamentos sanitários.”

“Então, qualquer criador de gado que permitisse que seu gado fosse para a fazenda de alguém seria preso e levado ao tribunal. O fazendeiro seria chamado para apresentar sua conta e se não pudesse pagar, o gado seria vendido, mas os líderes subsequentes, as (pessoas muito importantes) invadiram as rotas do gado. Eles ocuparam as áreas de criação de gado.”

“Então, eu tentei e expliquei ao (presidente Trump) que isso não tem nada a ver com etnia ou religião. É uma coisa cultural.”

Fonte: Guiame/ Com informações do Eternity News – Foto: Kevin Lamarque / Reuters

Bolsonaro veta parte do perdão de R$ 1 bilhão em dívidas tributárias de igrejas

O presidente Jair Bolsonaro vetou, parcialmente, uma proposta aprovada no Congresso Nacional que perdoava dívidas tributárias de igrejas. A lei foi publicada na edição desta segunda-feira (14) do “Diário Oficial da União”.

Ministério da Economia pediu veto e indicou que templos têm, por exemplo, R$ 868 milhões em dívidas com a previdência.

Após aprovação pelo Congresso, a lei recebeu inúmeras críticas de evangélicos em redes sociais. Um deles, Jonathan Nemer disse em um post intitulado “Essa dívida não é em meu nome”:

“Presidente Bolsonaro… quer agradar os crista?os verdadeiros? Enta?o… Dai a Ce?sar o que e? de Ce?sar…”, escreveu em seu Instagram. “Fazer chantagem com o Presidente, dizendo que se ele vetar a proposta, a Bancada Evange?lica deixara? de apoia?-lo, mostra que esses caras entendem muito bem de poli?tica… pena na?o entenderem de Jesus”.

O projeto teve forte resistência dos evangélicos, fiéis e pastores, que se manifestaram nas redes sociais após sua aprovação pelo Congresso.

Três pontos

O texto foi aprovado pelo Congresso mas, com o veto parcial, nem tudo entrará em vigor. O projeto previa, para as igrejas:

1. isenção do pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

2. anistia das multas recebidas por não pagar a CSLL.

3. anistia das multas por não pagamento da contribuição previdenciária.

Desses três pontos, Bolsonaro manteve apenas o item 3. Os outros dois foram vetados porque, segundo o governo, a sanção poderia ferir regras orçamentárias constitucionais.

Em material divulgado na noite deste domingo (13), o governo afirma que o presidente Jair Bolsonaro “se mostra favorável à não tributação de templos de qualquer religião”.

Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, no entanto, o projeto teria “obstáculo jurídico incontornável, podendo a eventual sanção implicar em crime de responsabilidade do Presidente da República”.

Esse perdão tinha sido incluído em um projeto de lei sobre outro tema, não relacionado a igrejas e templos. O trecho foi sugerido pelo deputado David Soares (DEM-SP), filho do missionário RR Soares, sob a justificativa de que o pagamento de tributos penaliza os templos.

O que foi mantido

De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, Bolsonaro sancionou o item que “confirma e reforça” que pagamentos feitos pelas igrejas a ministros e membros das congregações não são considerados remuneração. Isso significa que eles não estão sujeitos à contribuição previdenciária.

O governo defende que isso já estava estabelecido na Lei 8.212, de 1991, e que o novo texto apenas reforça esse entendimento. Com isso, segundo o Planalto, a Receita Federal poderá anular multas que tenham sido aplicadas por esse motivo.

O parágrafo citado pelo governo foi incluído na lei em 2000 e diz:

§ 13. Não se considera como remuneração direta ou indireta, para os efeitos desta Lei, os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado.

Ao defender o veto total ao perdão das dívidas, o Ministério da Economia indicou que igrejas e templos acumulam, entre outras pendências, R$ 868 milhões em débitos previdenciários.

O parecer da área econômica não esclarece se, da forma como foi sancionada, a nova lei dá anistia a todo esse valor.

Fonte: Guiame / com informações G1 / Foto: Marcos Corrêa / PR | 14/09/2020 

Bahrein e Israel assinam acordo de paz mediado por Trump

O Bahrein, país árabe localizado no Golfo Pérsico, concordou em reconhecer Israel e normalizar relações com o governo israelense, anunciou nesta sexta-feira (11) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O acordo que estabelece relações entre Israel e Bahrein resultará em voos diretos entre os países, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no domingo (13).

“Haverá tráfego aéreo rápido e direto entre os países”, disse ele em comentários ao gabinete israelense, cuja transcrição foi emitida por seu gabinete.

A aproximação entre os dois países do Oriente Médio ocorre menos de um mês depois de os Emirados Árabes Unidos reconhecerem e normalizarem as relações com Israel, também em acordo mediado pelos EUA que será oficializado na próxima semana. Até então, apenas Egito e Jordânia mantinham laços com os israelenses no mundo árabe.

Trump anunciou a assinatura do acordo após um telefonema ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o rei do Bahrein, King Hamad bin Isa Al Khalifa.

“Mais um marco histórico hoje”, tuitou o presidente americano, que chamou o documento de “acordo de paz” — embora Bahrein e Israel não estivessem em guerra.

Assim como ocorreu com os Emirados Árabes, o acordo entre Bahrein e Israel permitirá normalizar as relações diplomáticas, comerciais e em outras áreas dos dois países.

“Abrir o diálogo direto e criar laços entre essas duas sociedades dinâmicas e com economias avançadas vai continuar a transformação positiva do Oriente Médio e maior estabilidade, segurança e prosperidade para a região”, diz o comunicado conjunto.

O Bahrein, assim como a Arábia Saudita, já havia concordado em abrir o espaço aéreo para aeronaves israelenses — o que permite, agora, voos diretos que liguem Israel aos países do Golfo Pérsico.

Há uma semana, Trump mediou um acordo semelhante entre Israel e Kosovo, país localizado nos Bálcãs. Além disso, o presidente americano convenceu a Sérvia a mudar a embaixada do país em Israel a Jerusalém — medida igual à tomada pelos EUA em 2018.

Reação internacional

O acordo não foi bem recebido pelas lideranças da Palestina, que se opõem ao reconhecimento de Israel por considerarem que o território israelense pertence aos palestinos. O grupo Hamas, facção que controla a Faixa de Gaza, condenou a decisão.

“Isso representa uma grave ameaça à causa palestina e dá apoio à ocupação”, disse à Reuters o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem.

O Irã, país banhado pelo Golfo Pérsico assim como o Bahrein, deve se se opor ao acordo. Inimigo dos Estados Unidos e de Israel, o governo iraniano tenta evitar maior influência americana na região e apoia facções no Oriente Médio como os rebeldes houthis do Iêmen.

Fonte: Guiame/ Com informações do G1 e Reuters – Foto: Ronen Zvulun, Fayez Nureldine /AFP/POOL